só gestantes

Para amenizar superlotação, visitas no Centro Obstétrico do Husm estão suspensas

Joyce Noronha


Fotos: Divulgação/Husm
Gestantes foram alocados nos corredores por falta de leitos

Depois da administração do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) registrar Boletim de Ocorrência sobre o Centro Obstétrico estar com número de pacientes acima da capacidade, algumas medidas paliativas foram adotadas para amenizar os efeitos da superlotação. Por enquanto, as visitas e presença de acompanhantes para as gestantes estão suspensas. A determinação é para conseguir dar mais espaço para as pacientes. De acordo com a assessoria do Husm, até o final da tarde desta quinta-feira, 25 gestantes estavam no Centro Obstétrico, que tem capacidade de 10 leitos. 

Ainda nesta quinta, a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) convocou uma reunião com representantes do Husm e da Casa de Saúde. O encontro ocorreu nesta tarde, no Hospital Universitário. De acordo com a direção do Husm, o aumento do número de gestantes aconteceu porque nesta manhã a Casa de Saúde estava sem médico pediatra na escala. Assim, as grávidas que estiveram lá foram encaminhadas ao Hospital Universitário.

O chefe da Divisão do Cuidado do Husm, Salvador Penteado, conta que a solução, a curto prazo, é que a Casa de Saúde repasse a escala de pediatras para que o Universitário consiga organizar a equipe médica para atender a demanda. Ele explica que ter o conhecimento com antecedência dos turnos em que a Casa de Saúde estará sem o profissional que atende as gestantes fará com que o Husm possa se preparar para receber as pacientes. Apesar disso, a direção não tem como aumentar o número de profissionais na escala dos próximos dias.

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- Pedimos a escala deles até quarta-feira, pois está chegando um feriadão e queremos estar minimamente preparados para o que podemos enfrentar no Centro Obstétrico. Estou preocupado com a saúde física e mental dos profissionais do Husm - diz Penteado.

Contudo ele reforça que a responsabilidade de resolver a situação é do Estado.

ACOMPANHAMENTO
O titular da 4ª CRS, Roberto Schorn, avalia que a reunião foi uma forma de "abrir o espaço de diálogo entre Husm e Casa de Saúde". Sobre a solução a médio e longo prazo, Schorn afirma que é preciso a contratação de mais pediatras para a Casa de Saúde. Entretanto, não revela quantos profissionais o hospital precisa e diz que a responsabilidade é da administração da Casa de Saúde, que é feita pela Associação Franciscana de Assistência a Saúde (Sefas). 

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O Diário tentou contato com o administrador da Casa de Saúde, Rogério Carvalho, por volta das 17h30min de quinta, mas ele atendeu ao celular e informou que não poderia falar, desligando na sequência. A reportagem também ligou, das 15h30min às 17h30min, para a diretora-presidente da Sefas, irmã Ubaldina Souza e Silva, mas ela não atendeu aos contatos e nem retornou as ligações.


Até ao meio-dia, Centro Obstétrico do Husm registrou 27 gestantes no local, capacidade é de 10 leitos

OCORRÊNCIA FOI REGISTRADA NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA
A superlotação do Centro Obstétrico do Hospital Universitário (Husm) resultou no registro de um Boletim de Ocorrência (B.O.) na manhã desta quinta-feira. De acordo com a gerente de atenção à saúde do Husm, Soeli Guerra, que fez o registro na 4º Delegacia de Polícia de Santa Maria, em Camobi, o objetivo é chamar a atenção do Estado para tentar apurar quem é o responsável pela situação, que é recorrente na instituição. O setor, que conta com 10 leitos, atendeu, até o meio-dia de ontem, 27 gestantes.  

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- O Husm, que deveria atender prioritariamente os casos de gestantes de alto riscos, acaba prestando atendimento de menor complexidade porque outros hospitais de referência da região - Casa de Saúde e Hospital de Santiago - não estão recebendo as grávidas - desabafou Soeli.

Sobre o registro do B.O., o titular da 4ª CRS, Roberto Schorn, diz que não se manifestará até ter conhecimento do teor do documento.

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